terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Homenagem Dia do Farmacêutico

Cartão enviado pela Prefeitura de Mucuri - BA aos farmacêuticos. Direção de arte de Daniel Marques.

Homenagem Dia do Diretor de Escola

Cartão enviado pela Prefeitura de Mucuri - BA aos diretores de escola. Direção de arte de Daniel Marques.

Panfleto Portovel

Panfleto em formato de abanador para a Portovel. Direção de arte de Diego Badiane.

Panfleto Prefeitura de Mucuri


Frente e verso de panfleto para divulgação do novo site da Prefeitura de Mucuri- BA. Direção de arte de Daniel Marques.

Divulgação Cras de Mucuri


Material desenvolvido para divulgar o Cras (Centro de Referência da Assistência Social) de Mucuri - BA. Direção de arte de Daniel Marques.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Cartão de Natal Immaginare

Texto criado para a agência de comunicação Immaginare. Direção de arte de Diego Badiane.

Cartão de Natal Relva Veículos

Direção de arte de Diego Badiane.


Cartão de Natal Portovel

Direção de arte de Diego Badiane.

Cartão de Natal Elimacol Material de Construção

Direção de arte de Diego Badiane.



Mensagem de Fim de Ano Grupo Pianna


Cartão de Natal criado para os colaboradores das concessionárias pertencentes ao Grupo Pianna. Direção de arte de Diego Badiani.

Cartão de Natal Pianna Veículos

Direção de Arte de Diego Badiane.

Cartão de Natal Grupo Pianna

Direção de arte de Diego Badiane.

Cartão de Natal Autochix


Cartão de Natal desenvolvido para a Autochix, concessionária dos veículos chineses Chery. Direção de arte de Breno Souza.


Cartão de Natal Prefeitura de Mucuri - BA


Mensagem de Fim de ano para a Prefeitura de Mucuri - BA. Direção de arte de Daniel Marques.

Cartão de Natal Ideale


Texto criado para a agência Ideale, de Linhares. Direção de Arte de Máriston Menezes.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Jesus Cristo usado e abusado - o marketing e suas facetas


De tempos em tempos, o marketing e a publicidade valem-se de costumes e personalidades para promover produtos e alavancar o comércio. Essa frase é elevada ao quadrado quando o assunto é Natal.
A comunicação social, tal como a arte, tem o direito de usar temas, pessoas e situações de acordo com a necessidade. Assim se explica, por exemplo, porque Neymar se transformou em Sex Symbol. Tudo bem os exageros e a desvirtuação de algumas ideias, mas você não tem a sensação de que o Natal foi um pouquinho longe demais?
Enquanto a Igreja tem o presépio como símbolo máximo do Natal, o marketing transformou em ícone um velhinho barbudo e gorducho. Na manjedoura, repousa uma criança que traz a esperança ao mundo. No céu, puxado por renas, o Papai Noel traz presentes, mas só pra quem foi bonzinho durante o ano.
Maria e José atravessaram um deserto, não encontraram refúgio e tiveram que se abrigar num estábulo. Muitos bateram a porta na cara do casal. Faltou à sagrada família um pouco de marketing. Com a ajuda da Coca-Cola, milhões de crianças esperam todos os anos a visita do Papai Noel, lhe escrevem cartas e tiram fotos com seus sósias.
O ambiente do nascimento de Cristo não era o mais higiênico. Animais assistiram seu parto, e a criança nasceu num ambiente fétido e inóspito. Já Papai Noel conta com a ajuda de anões, Mamãe Noel, renas, trenô, saco com fundo infinito e a recepção calorosa de crianças afoitas para manifestar seu lado capitalista.
Já adulto, Cristo passou por um mal bocado. Sua via crucis inclui flagelação, tortura, humilhação e crucificação. O único incômodo de Papai Noel é ter suas gordurinhas apertadas durante sua descida pela chaminé. Aposto que ele nunca tentou fazer a dieta do gelo.
A mensagem de Cristo é universal: pague o mal com o bem. Papai Noel vai mais longe: faça o bem e ainda ganhe um brinde. Jesus recebeu três visitantes que lhe ofertaram presentes. Mas acho que, nos tempos de hoje, os reis magos ficariam envergonhados se não pudessem oferecer a incrível Mirra importada, o incenso com o sensacional sistema de purificador de ar, e o ouro sem IPI e com condições imperdíveis.
De vez em quando, o marketing precisa de uma mãozinha. Mas nesse caso, ela não só aceitou a mão, como os pés, e nem se importou se eles estavam chagados. Se o pobre de Nazaré não é lá a melhor figura pública para ser garoto propaganda, não tem problema. Basta ele emprestar sua festa que a publicidade decora de acordo com que pede o figurino. Que assim não seja.

Natal x Carnaval: o embate de duas festas mundanas


Se fosse um santo, feriado certamente seria o mais aclamado por quem trabalha cinco dias por semana, oito horas por dia. Talvez seja por isso que, a cada ano, duas datas costumam causar frisson em todos os brasileiros: Natal e Carnaval.
A primeira surge de um contexto cristão, a segunda é declaradamente pagã. Uma quer que o homem exponha seus sentidos mais altruístas. A outra pretende que cada um extravase seu ser animal. Salvo as caraterísticas próprias de cada data, uma coisa é certa: o Carnaval soa muito mais verdadeiro que o Natal.
Primeiro porque o Carnaval é uma festa mundana. A mais mundana das festas, na teoria e na prática. E nunca quis transparecer outra coisa. Uma vez ao ano, os brasileiros são convocados a soltarem seus instintos mais oprimidos. Dançar, pular, cantar e agir de forma bizarra, como jamais se faria em um churrasquinho de domingo.
Do outro lado, o Natal comemora o nascimento de Cristo, mas é difícil lembrar outro momento em que o aniversariante é o menos lembrado da festa. Deveria ser uma celebração de paz, mas se transformou numa festa de promoções e descontos. Deveria promover a troca de bons sentimentos, mas o marketing e a ganância humana deram outro nome a isso: troca de presentes. Na teoria, uma festa sagrada. Na prática, mais um festejo mundano.
De hipocrisia ninguém pode acusar o Carnaval. É claro que há interesses comerciais, e quem disse que não há? Ora, ainda vivemos no capitalismo. A fantasia principal é não ter fantasias, o que é conveniente se levar em consideração que vivemos num país tropical.
O Natal esquece essa premissa. Enfeitam-se casas com pinheiros e neves artificiais, tentando recriar um efeito europeu impossível debaixo do calor cruel do nosso país. E só o amor de Cristo pra ter piedade daquelas fotos com gorrinho de natal na cabeça. Seria pra esconder do sol?
Nus, nas vestes e nas intenções, o Carnaval não esconde a sujeira debaixo do tapete. Pelo contrário, escancara pra quem quiser ver. É o mais próximo que o Brasil conseguiu chegar da Grécia Antiga: o prazer pelo prazer. Sem demagogia, pão e circo, e pronto.
Lembrar-se dos que sofrem é ótimo. Mas por que só no Natal? Os mutirões para dar comida e brinquedo aos pobres me causam ânsia. É claro que há exceções, que há grupos que trabalham o ano inteiro no combate à miséria. Mas vai me dizer que você não conhece ninguém que faz isso apenas no Natal, com uma certeza absoluta de estar fazendo a diferença na humanidade?
E o Papai Noel! Ah, o Papai Noel! Aquela carinha gorducha e sua risadinha simpática nunca me enganaram. O bom velhinho de bom não tem nada. Dar presentes apenas às crianças que foram boazinhas durante o ano? Que grande maneira de levar a mensagem de benevolência e paz, não? Não sei o que é pior: os pais fingirem que enganam as crianças, as crianças fingirem que acreditam ou ambos fingirem acreditar que esse gesto possa ser uma demonstração de amor.
Essa história de voltar a ser criança no Natal é conversa pra boi dormir. Isso ocorre no Carnaval. Só isso pra explicar homens barbados vestindo-se de mulher, mulheres vestidas de muito brilho e pouco pudor, e todo mundo requebrando até o chão como se a quarta-feira de cinzas nunca fosse chegar.
Com dívidas e ressacas a mais, o Natal e o Carnaval terminam e, no fim, tudo volta ao normal. Até o dia que essas datas batem novamente às nossas portas, nos convidando a viver tudo aquilo que já sabemos. Mas esquecem de avisar um detalhe importante: o que não se vive durante um ano inteiro, dificilmente será vivido em um único feriado.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Por que adoramos torcer e brigar por política?



Sob uma arena gigantesca, ladeada por uma multidão afoita por sangue, os gladiadores da Roma Antiga davam suas vidas em nome de um espetáculo. Escravos treinados especialmente para esse tipo de combate, os gladiadores duelavam diante de toda a população romana, até que um ficasse desarmado, ferido ou até morresse. Bancado pelos imperadores, a pugna sangrenta foi a maneira encontrada pelo Estado Romano para entreter um povo sedento de competição.
Quase 2.300 anos depois, o espírito de torcida e competição ainda pulsa em nossas veias. Sem ganhar um único tostão, não faltam torcedores que dão a voz, o corpo e boa parte do seu salário pelo seu time de futebol. Com razões ainda menos justificáveis, há quem fique magnetizado pelo Big Brother, a procura de alguém em que ele possa torcer para se tornar um milionário e subcelebridade. E mais de 20 milhões de pessoas ficaram em casa só para ver Carminha sendo expulsa da mansão em Avenida Brasil.
No período eleitoral, a arena de combates invade nossas casas, e os competidores esperneiam, imploram e compram nossas torcidas. No início, boa parte das pessoas torce o nariz, incomodadas por uma propaganda eleitoral interromper a novela nossa de cada dia. Mas bastam alguns meses para até os menos engajados na política exporem suas opiniões e, ainda que timidamente, torcer por um candidato.
Há quem faça isso, evidentemente, por algum benefício individual. Não são poucos os que “vendem” sua torcida pela esperança de possuir um cargo no confortável poder público, ou ainda garantir vantagens de toda sorte. Há quem torça para “pagar uma dívida” ao candidato que em determinado momento da vida o ajudou.
Mas é verdade que até o mais rico dos candidatos não tem como pagar toda uma população, que nesses tempos santifica alguns ao passo que demoniza outros. A  corrida política é um jogo perfeito, e é difícil, como qualquer outro jogo, não cair nas suas amarras. Deveria ser algo sério, quase um Concílio de Trento. Afinal, estamos discutindo o futuro da cidade.  Mas isso soa chato demais, então preferimos falar desse mesmo futuro na base da briga.
As armas de nossos competidores vêm em panfletos e comerciais de TV que dariam inveja a qualquer beato que espera uma canonização da Igreja Católica. E a torcida entra no duelo, usando todos os recursos possíveis. Implicam, choram, aplaudem, e abarrotam seus perfis na rede social com frases do tipo “é xx neles”.
A campanha política terminou, e alguns saíram dela com a sensação de estar voltando vitorioso da Guerra dos Farrapos. Para outros, sobrou o amargo sabor da derrota. Alguns choraram pelos seus candidatos, outros fizeram festa. Muitos entraram em luto psicológico, e muitos outros decidiram emendar a comemoração com o feriado. Enquanto isso nossos gladiadores afiam suas espadas. Dão tapinha nas costas e planejam novas estratégias para daqui a alguns anos, iniciar um novo combate. Afinal, a cidade pode parar, menos o espetáculo.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Ser feliz o tempo todo - que saco!

Qualquer perfil de Facebook que se preze tem dezenas ou centenas de fotos de festas, viagens e momentos felizes. Claro, com muitas curtidas e comentários.
Ao ligar o rádio, as músicas mais tocadas são sertanejos universitários, arrochas e afins. Dificilmente uma bossa nova será veiculada numa rádio de alta audiência. Nem as trilhas sonora das novelas, acostumadas com canções de João Gilberto e Tom Jobim, escaparam das músicas monossilábicas que empregnaram nossos tempos (tchu tcha, oi oi oi, etc.).
A publicidade, desde sempre, convida o público a ser feliz. Felicidade, aliás, sempre foi o tema central das propagandas no mundo inteiro, como se o consumo fosse um "lugar de gente feliz".
Quem é melancólico pode muitas vezes sofrer com suas preferências culturais. Ouvir MPB, assistir filmes dramáticos ou ler uma boa obra motivacional pode ganhar alguns olhares de estranhamento. Pra quê dá espaço a tristeza se podemos escutar arrocha e sertanejo universitário?
A verdade é que vivemos uma época em que parecer ser feliz é mais que uma moda, é uma obrigação. Estamos expostos o tempo todo através das redes sociais. Experimentamos o que as celebridades vivem como um mandamento. Por isso mesmo, estampar nossos corpos malhados, as festas a que vamos e os lugares a que viajamos se transformam em exigência, como se fosse preciso escancarar para nossos contatos o quanto somos populares, o quanto nos divertimos e o quanto somos "vida loca".
É natural, assim, que Michel Teló com seu "ai se eu te pego" vire um fenômeno. A música é divertida e cumpre seu papel, que é entreter. Mas só isso. Canções como "Flor da noite", de Nana Caymmi, apesar de bela e compor a trilha sonora de uma novela global, sofre uma represália popular por ser "depressiva demais". Os poucos momentos que nos permitimos transparecer tristeza são para ouvir canções batidas de amor, ao melhor estilo brega.
A tristeza sempre foi um combustível de expressão das mais diferentes artes. A MPB, como disse, está repleta de músicas que falam sobre os sentimentos humanos. Assim como obras plásticas, filmes, novelas e livros. Mas a necessidade de agradar todo mundo ao mesmo tempo tem encurralado essas obras, transformando-as em besteirois que passe a impressão de felicidade automática.
Não há nada de errado em postar fotos sorridentes no Facebook, ou gostar de ouvir músicas que estão aí só pra divertir. Mas me preocupa essa necessidade de transparecer felicidade o tempo todo. Eu vou continuar postando fotos divertidas na minha rede social e escutando músicas populares, pra rir e distrair. Mas vou continuar me dando o direito de assistir filmes e ouvir músicas melancólicas, pra refletir. Porque se tristeza demais pode ser diagnosticado como depressão, felicidade em demasia pode ser um sinal visível  de que a vida está se tornando um teatro.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Pai Nosso do Ateu

Consciência minha que estás em mim, e por isso mesmo, não precisa ser criada.
Que não seja santicado o seu, o meu, nem o nome de ninguém, porque acredito na igualdade dos seres.
Vem a mim a vossa verdade, e não aquela que eu quero acreditar.
Seja feita o que as evidêcias me levarem a fazer.
Assim na terra e, após minha morte, restem apenas as lembranças de um ser que ousou pensar.
O pão nosso de cada dia seja conquistado com os meus esforços, sem esperar recompensa de divindades.
E que eu perdoe minhas próprias ofensas, porque ninguém mais poderá fazer isso por mim.
Assim como eu tenho perdoado e tolerado a ignorância humana, muitas vezes a minha própria.
E não me deixei cair na tentação de criar um Deus para satisfazer as minhas carências.
Livrai-me do mal de ter um Deus a minha imagem e semelhança.
Amém.